O maior investimento dos quase oito anos de Winner/Limeira foi na temporada 2007. O objetivo da diretoria era formar um time melhor do que aquele de 2004, que chegou a decidir o Campeonato Paulista da Série A-1 contra o COC/Ribeirão Preto. Naquela época, a equipe limeirense contava com Duda, Jefferson, Fernando Alvim, Telmo, Rodrigo Bahia e Brian Taylor como principais destaques.
Pensando na conquista do título mais cobiçado por nossa cidade, Cássio Roque anunciou três reforços que encheram os limeirenses de esperança e confiança.
O primeiro a ser trazido foi o polivalente Edu, não tão conhecido pelo público em geral, mas um jogador extremamente eficiente. Além de marcar como poucos, o ala tem facilidade para puxar os contra-ataques e foi essa a aposta do técnico Zanon.
Eduardo Mariano de Oliveira, de 23 anos, tinha disputado o Campeonato Paulista de 2006 pela Uniara/Araraquara. O jogador de 1m95 e 88 kg, nasceu em Franca no dia 29/09/1983, justamente na capital do basquete. Edu começou nas escolinhas de base do time francano. Em seguida foi para o Marechal Rondon, do Paraná, onde chegou a categoria infanto-juvenil. Pela Uniara/Araraquara, o ala disputou o Juvenil. No ano posterior, recebeu um convite para estudar e jogar pela Universidade Eastern Oklahoma, nos Estados Unidos, permanecendo no país por uma temporada, onde pode aprimorar o seu basquete, além de falar o idioma.
De volta ao Brasil e atuando como adulto, Edu reforçou o Conti/Assis. Em 2004, tendo como companheiro o armador Arnaldinho, eles ajudaram o time assisense a conquistar a Copa Milênio de 2004, justamente na final contra a Winner. Naquela ocasião, o Conti/Assis fechou o playoff final por 3 a 1.
Edu contou que logo após a eliminação da Uniara para Franca por 3 a 0 pelas quartas-de-final do Paulista 2006/2007, ele recebeu um telefonema do técnico Zanon o convidando para defender a equipe limeirense. "Não pensei duas vezes. Vejo que a Winner é um time jovem, que está crescendo gradativamente no cenário brasileiro", comentou.
Edu foi recebido pelo técnico Zanon e pelo diretor-presidente Cássio Roque. Ele contou que nunca tinha vencido a Winner jogando no Vô Lucato. Sua especialidade são as enterradas. "Vou levantar essa galera", prometeu logo em sua chegada. Ele foi o quinto do Paulista neste critério com 18 enterradas em 22 jogos, média de 0,8 por partida.
O segundo a se apresentar foi o armador Arnaldinho, que chegou com fama de "líder" do novo esquadrão. Era o jogador que faltava para desequilibrar nos momentos decisivos, até por sua bagagem e experiência no basquete.
Quando todos pensavam que o investimento pararia por aí, eis que o nome de Renato Lamas foi divulgado com exclusividade pela Gazeta de Limeira. O jogador ainda estava defendendo o Paulistano/Dix Amico na Liga Nacional e a notícia explodiu como uma bomba na capital.
Pela Seleção Brasileira, Renato foi campeão Sul-Americano em 2003 e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo em 2003. O ala se apresentou trazendo no currículo um tetracampeonato paulista de 2001 a 2004 e o título do Nacional de 2003 pelo COC/Ribeirão Preto, equipe que defendeu por 9 anos, se tornando o maior cestinha.
Foi o mesmo Renato que ajudou o Paulistano a eliminar a Winner/Limeira em dois playoffs consecutivos de quartas-de-final do Campeonato Paulista. Ele sempre foi considerado um dos jogadores mais inteligentes do basquete brasileiro, tendo um exímio arremesso dos três pontos e uma visão de jogo fora do normal, com assistências fantásticas.
Ele formou um quarteto mágico no time de José Neto ao lado de Shamell, Ricardo e Janjão. Em razão da chegada dos três reforços, a Winner foi obrigada a dispensar três jogadores e os escolhidos - para a tristeza de boa parte da torcida - foram os alas Fernando Alvim e Fábio e o armador Eric Tatu.
